Desabafos

segunda-feira, novembro 07, 2005

Adorável desconhecida

Há mais ou menos 1 ano que acompanho você. Às vezes diariamente, às vezes, para o bem-estar da minha sanidade mental, dou um tempo com você.

Ainda me surpreendo com o impacto que você tem sobre mim. Em questão de poucos minutos você muda o meu dia - tornando-o mais alegre ou destruindo qualquer possibilidade de um sorriso.

A afinidade. Essa é a principal característica. Estamos em sintonia sempre, é impressionante. Quando estou bem, você está ótima; quando estou mal, você já chegou ao fundo do poço.

É uma constante em nossa relação.

E isso me faz bem. Sinto-me confortável em saber que você também sente o que eu sinto, que não estou nessa sozinha. E que os seres humanos, no fundo, são todos iguais.

Medos, desejos, vontades, perdas, ganhos. As mesmas sensações.

Até quando não se trata de relacionamentos - que é realmente o que mais nos aproxima - a avalanche de informações e as minuciosas descrições sobre cada cor, gesto, sentimentos, odor, momento faz com que eu me sinta cada vez mais e mais próxima de você.

É estranho. Afinal, não nos conhecemos e não tenho a menor pretensão que isso aconteça. Pode ser que a realidade de nossas vidas e as rotinas mesquinhas destruam tudo o que criamos.

Sinto um imenso vazio quando estou com você e talvez nem você entenda isso. Mas é aquele tipo de solidão que me faz perceber que ainda estou viva, que preenche o vazio que sinto constantemente dentro de mim.

Por mim. Por você. Por todos os que vão e que ficam. Para sempre.

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