Desabafos

sábado, maio 28, 2005

Da minha incrivel capacidade de não fazer absolutamente nada e outras habilidades

Hoje eu estava com a agenda lotada e quem me conhece sabe o quanto eu adoro isso.E o quanto me desespero também com mudanças inesperadas de planos.

Fico perdida, desnorteada, completamente sem rumo. Simplesmente não consigo fazer mais nada de útil ou produtivo, um fracasso total. Admitir isso é um bom começo, diria o meu terapeuta.

Como vocês podem perceber, hoje foi assim. Desmarquei um compromisso que tomaria minha tarde e boa parte da minha noite e PLUS um encontro com um grande amigo.

Que foi que eu fiz? Liguei o msn e comecei...papo com um,com outro, com vááááários... e enquanto isso, ORKUT. Eu, que nunca fico mais de 15min naquela porcaria, consegui a incrível peripécia de passar a tarde, eu disse a tarde, perambulando por ali. E não é só isso: encontrei algumas pessoas sem querer e entrei em pelo menos mais 5 comunidades.

Desesperada, telefonei pra minha amiga:

- Ei...eu tava aqui no orkut e tô entrando em mais e mais comunidades.
- É? Quais?Se forem legais,entro também.
- Eu tô preocupada...daqui a pouco tenho mais comunidades que amigos.
- Ora...é muito mais fácilvocê se identificar com uma comunidade do que com gente que você não conhece. Mais cedo ou mais tarde, o número de amigos se esgotará, não é? E seus interesses dificilmente.
- É, né? Então tá..deixa eu voltar pra lá agora.
- Se você desligar,vou ter que voltar a estudar. Você vai mesmo fazer isso comigo?
- Vou,mas eu te amo. Tchau.

E volteimais que depressa;arranjei a desculpa que precisava. Fucei comunidades, comentários, scraps, testimonials ,álbuns ,tópicos...enfim, tudo que eu podia!

Parei apenas para tomar um banho e comer e logo estava de volta. O pior é isso: eu deveria estar fazendo muitas outras coisas, estou cheia de 'tarefas' por assim dizer e, mesmo assim, nada. Fiquei perambulando pelos profiles alheios,conhecendo e descobrindo um monte de coisas.

Paralelamente, vinham idéias infinitas para textos, conversas incessantes no msn (ainda que algumas destruam minhas esperanças) e visitas a blogs e sites especializados.

E assim passei minha tarde/início de noite de sábado. O pior? Passaria facilmente muitas outras tardes assim...
O tema era relacionamentos.

Perguntei se ele era feliz ao lado da escolhida e ele me respondeu que sim, que, ao modo dele, era. Ela não o atrapalhava e era isso o que ele queria.

Eu simplesmente não acreditei,de início. Onde foram parar as borboletas no estômago, o frio na barriga, a ansiedade por estar indo ao encontro da pessoa amada? Depois de um tempo, me acalmei e concluí que é assim mesmo.

Mas não quero isso pra mim; não mesmo. E olha que estou cética agora.E fria.E distante. E sofrendo. Não quero me acomodar e aceitar o fato de que vivo e convivo bem com uma pessoa e que isso me basta. Não...quero aquela paixão adolescente sempre que possível, aquela que te leva à loucura,te faz matar o trabalho, perder a cabeça, esquecer de tudo por mais alguns instantes com a pessoa amada.

Não quero a conveniência. Quero que você me queira assim, desse jeito. Vivendo e amando loucamente. Parando omundo enquanto estamos juntos. Não todo dia,que isso não é possível; afinal, somos adultos e temos responsabilidades.Temos prazos a cumprir,contas a pagar, filhos pra cuidar, problemas a resolver.

Quero apenas alguns momentos de paixão. Para não esquecer o porquê de estarmos juntos, uma razão para voltar além de ter que preparar o jantar, além de ter alguém para abraçar que não simplesmente para não passar frio sozinha.


É isso.

Quase nada

Eles eram muito,mas muito amigos. Ninguém,exceto eu, desconfiava de nada.Até que um dia, ele olhou pra mim e disse:
- Acho que estou me apaixonando por ela...

Eles combinavam,sabe? Não sei explicar como eles combinavam,mas era isso. E eu fiquei feliz.

Se eles tinham medo? Horrores.Quilos e quilos e toneladas até de medo. Uma coisa. Medo de quê, eu perguntava.Porque não conseguia enxergar motivos para não dar certo.

E foi um problema.Algo simples e bonito setransformou num grande problema. Ninguém podia saber,o que as pessoas iriam achar, essas preocupações todas que a gente tem e que no fim de nada adiantam,porque quando bate aquele frio na barriga...já era.

O fato é que, neste caso,um foi medroso demais, outro tolerante demais e o que era para ter sido uma linda história se transformou em quase nada.

quinta-feira, maio 26, 2005

...

Ando tão à flor da pele que qualquer beijo de novela me faz chorar

Ando tão à flor da pele que teu olhar pela janela me faz morrer

Ando tão à flor da pele que meu desejo se confunde com a vontadede ..não ser
Ando tão à flor da pele que a minha pele tem o fogo do juízofinal


Um barco sem porto sem rumo, sem vela
Cavalo sem cela

Um bicho solto
Um cão sem dono

Um menino bandido
Às vezes me preservo outras suicido



Aí fode tudo, complica a sua vida
mudando o tom... a partir de ...
Às vezes me preservo noutras suicido
oh sim, eu estou tão cansado

mas não prá dizer que eu não acredito mais em você
eu não preciso de muito dinheiro graças a Deus
mas vou tomar aquele velho navio
aquele velho navio
um barco sem rumo, sem porto, sem vela

cavalo sem sela
um bicho solto, um cão sem dono, um menino bandidoàs vezes me preservo noutras suicido

terça-feira, maio 24, 2005

Amor Platônico...tão mais simples

A expressão amor platônico, tão usada pelas adolescentes apaixonadas e tímidas que não têm coragem de se declarar (ainda existe dessa espécie??), surgiu com Platão, associado à uma forte paixão, que seria um vislumbre do amor perfeito, idealizado, pertencente a um Mundo Ideal (idéia também dele, mas que não será desenvolvida aqui, pelo menos não hoje).

Eu já tive um amor platônico "daqueles". Aliás,dois. Tá,devo ter tido mais,masesses dois foi os que me lembrei agora,então...O primeiro foi por um primo distante meu (tão típico...) que eu achava simplesmenteomáximo.Tudo o que ele fazia era legal, perfeito, lindo...hoje eu diria que ele era cool. E era mesmo: skatista, garotão, popular, lindo, só comia porcaria que nem eu e o melhor e mais importante, era6 anos mais velho!

Eu morria só de ouvir falar nele e esperava ansiosamente pelo meu aniversário, pois sempre era ele quem ligava. É, idealizei mesmo...há alguns anos fui visitá-lo e me dei conta que:
1- ele é baixinho
2- ele está gordinho
3- não tem mais nada a ver tamanho homem,com filha e tudo ficar andando de skate pra e pra baixo e ficar falando com gíria de skatista....é demais pra mim!

Minha segunda paixão era meu "companheiro de aventuras". Vejam bem, fui por muito tempo e agora que tô deixando de me considerar, filha única. E desde sempre tive uma afinidade enorme com meninos, mais que com as meninas - a garota dos garotos,como diria o outro.

Aí, chegava a sexta à noite e ele já estava lá,com a mochila nas costas, pronto pra passar o fim de semana todo comigo, jogando videogame, futebol de botão,bolinha de gude, empinando pipa, etc...nisso,eu me apaixonei. Chegava a quinta e eu já ansiosa,nervosa,separando osjogos pra brincar com ele,treinando pra não perder tão feio e me arrumando, LÓGICO.

Depois disso,pronto...a presença dele me bastava.Eu não queria um beijo, ficar de mãos dadas,abraçados, nada dessas coisas que eu quero hoje quando me apaixono. Queria ele ali, sorrindo e brincando comigo. Era tudo o que eu precisava, aquilo me fazia feliz. Simples assim.


Era tão mais simples...no próximo texto continuo comminhas divagações sobre isso de simples e complicado...




segunda-feira, maio 23, 2005

Help...

Help - Beatles

Help, I need somebody,
Help, not just anybody,
Help, you know I need someone, help.

When I was younger, so much younger than today,
I never needed anybody’s help in any way.
But now these days are gone, I’m not so self assured,
Now I find I’ve changed my mind and opened up the doors.

Help me if you can, I’m feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won’t you please, please help me.

And now my life has changed in oh so many ways,
My independence seems to vanish in the haze.
But every now and then I feel so insecure,
I know that I just need you like I’ve never done before.

Help me if you can, I’m feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won’t you please, please help me.

When I was younger, so much younger than today,
I never needed anybody’s help in any way.
But now these daya are gone, I’m not so self assured,
Now I find I’ve changed my mind and opened up the doors.

Help me if you can, I’m feeling down
And I do appreciate you being round.
Help me, get my feet back on the ground,
Won’t you please, please help me, help me, help me, oh

Viver não é isso?

Você já se decepcionou com alguém?Tenho certeza que sim; viver é isso...arriscar,confiar,se machucar,aprender a se levantar e começar tudo de novo, não é mesmo?

Você lembra como você se sentiu? Deve lembrar...dói demais pra se esquecer assim...Porque você não se decepciona assim, com qualquer um que você conheça. Você se decepciona justamente com aquele em quem você mais confia, com aqueles que você mais se preocupa, com quem você mais ama.

E não é sempre assim? Porque se você não gosta de uma pessoa, ela nunca te surpreende, bem ou mal. Quando gostamos, depositamos ali todas as nossas expectativas, às vezes até esperando demais daquela pessoa e, como ela também é humana, assim como você, também não é perfeita. Cedo ou tarde ela vai te machucar, vai cair do pedestal em que você a colocou, vai lhe causar dor e sofrimento e muitas lágrimas vão escorrer em sua face.

E aí, depois de algum tempo,você vai perdoá-la; vai deixar de lado tudo isso porque o que vocês têm é mais importante, não importa o tipo de relacionamento - pai/filho, marido/mulher,amigo,namorada.

E, mesmo assim, em algum momento, você vai sentir tudo isso de novo. Viver não é exatamente isso, um ciclo?

sexta-feira, maio 20, 2005

Escrevi mas não mandei

Oi. Sei que você tá com raiva.Não, raiva não seria a palavra correta pra exprimir o que você está sentindo. Nem sei se conheço uma. Decepção?tristeza?Mágoa?Traição?

Complicado,isso. Só quero que você não me julgue antes de ouvir tudo o que eu tenho adizer. Ou você pensa que isso é fácil pra mim?

Você quase não me conhece, você não sabe quem eu sou,faço ou sou capaz de fazer.Você só sabe o que te dizem e o que você vê.

Já pensou na possibilidade de isso não ser verdade? Ou de não ter sido bem assim o que te falaram?Poisé...tem essa opção. Mas nesse caso não se aplica muito bem.Foi, isso aconteceu realmente.E aconteceu porque eu quis. Se me arrependo? Talvez. Prefiro não pensar muito nisso. O melhor a fazer em certas situações em nossas vidas é esquecer mesmo!

Somos jovens e muitas vezes nos deixamos levar.Veja bem, não estou querendo justificar nada aqui, até porque não preciso. Só quero dizer que fui levada por um sentimento, que já passou. Você é você evocê é agora. É isso o que importa pra mim.

Por favor não destrua isso por um sentimento ruim que está tomando você agora.Vai passar que eu sei.Quero que seja comigo.

Tiamu (é...primeira vez que digo isso...pena que foi assim.)


Fortaleza, 03 de março de 2000.

E eu,precisode quê?

Eu preciso...

Parar de valorizar quem não merece;
Parar de dar atenção a um bocado de besteiras que aparecem na minha frente;
Parar de sofrer por tudo e por nada;
Parar de entrar em ourtomundoe ficarpensando nosmalditos "e se";
Parar de ficar remoendo coisas quenãovalema pena,histórias quenaomerecemserlembradas,pessoas idem;
Parar de engolir sapo( qq dia,morro entalada)

Começar a dar atenção a quem se preocupa comigo, mesmo de longe, mesmo baixinho;
Começar a cuidar mais de mim, da minha mente e do meu corpo
Começar a estudar, se não nunca vou poder fazer tudo o que eu realmente quero e que precisa de dinheiro e tempo, coisas que eu nao tenho;
Começar a cuidar mais dos meus amigos, eles também têm problemas, maiores que os meus até;

Decidir o que eu quero realmente da minha vida, pessoal e profissional, que essa história de ficar enrolando e enrolando não dá certo;

Ah...é tanta coisa que eu preciso...cansa só de pensar!

segunda-feira, maio 16, 2005

É mágoa

Muita coisa na cabeça,tanta que nem sei por onde começar...enquanto tentava organizar meus pensamentos, a internet me levou a esta música. Isn´t it ironic? É isso,então.


É mágoa - Ana Carolina

É mágoa
Já vou dizendo de antemão
Se eu encontrar com você
Tô com três pedras na mão
Eu só queria distância da nossa distância
Saí por aí procurando uma contramão
Acabei chegando na sua rua
Na dúvida qual era a sua janela
Lembrei que era pra cada um ficar na sua
Mas é que até a minha solidão tava na dela
Atirei uma pedra na sua janela
E logo correndo me arrependi
Foi o medo de te acertar
Mas era pra te acertar
E disso eu quase me esqueci
Atirei outra pedra na sua janela
Uma que não fez o menor ruído
Não quebrou, não rachou, não deu em nada
E eu pensei: talvez você tenha me esquecido
Eu só não consegui foi te acertar o coração
Porque eu já era o alvo de tanto que eu tinha sofrido
Aí nem precisava mais de pedra
Minha raiva quase transpassa a espessura do seu vidro
É mágoa
O que eu choro é água com sal
Se der um vento é maremoto
Se eu for embora não sou mais eu
Água de torneira não volta
E eu vou embora
Adeus

Cadê eu?

Estava conversando com um velho amigo,relembrando algumas coisas do passado,como sempre acontece quando encontramos alguém que não vemos há muito tempo.

Ele começou a falar como me via:uma pessoa forte,decidida (eu??), determinada, líder, que enfrentava todo mundo se necessário para defender algo em que eu acreditava, que defendia as minorias...enfim, eu era "gente que faz".

Daí eu me perguntei "cadê eu?",porque eu não sou mais assim,pelo menos eu não me vejo assim,ainda que lembre claramente de tudo o que ele falou,inclusive os exemplos concretos que ele me deu como prova das minhas atitudes.

Queria saber onde me perdi,onde e quando comecei a desandar,prá poder voltar e me resgatar,me salvar dessa velha chata que estou me transformando.

Acho que andei me anulando por aí,aos poucos,por motivos e motivos e,no fim,acabei me perdendo de mim mesma.

Vou parar agora.Só queria escrever antes que enterrasse de vez esse assunto....enquanto isso,sigo me procurando.

sexta-feira, maio 13, 2005

Sem enxame...que eu me assusto e tu não gosta

É engraçado como uma simples (?) conversa pode mudar tanta coisa.


Você chegou e foi bombardeando tudo: afirmações, questionamentos, quase não me dando tempo pra pensar!

Acho que era isso o que você queria, na verdade: falar, falar, falar e depois, sem peso, ir embora. Talvez tenha pensado que eu ficaria sem reação; se fosse num outro dia, numa outra época, eu ficaria mesmo.

Mas não agora. E você deve ter se assustado, porque eu também falei e te fiz escutar um bocado. E ainda bem que eu falei, porque aí as coisas começaram a fluir, a tensão foi desaparecendo, nós fomos baixando a guarda.

Quando vi, 3h haviam se passado, nós já tínhamos nos despedido umas 10 vezes e nada de ir embora! Quem diria...

Acontece.

Foi uma das conversas mais duras e difíceis que eu já tive; muito densa, muito delicada, muito sincera.

Turbilhão de pensamentos e sentimentos enquanto as palavras saíam...tensão, preocupação, ansiedade e,sim, um pouco de sofrimento também.

Tá,não tão pouco assim;mas extremamante necessário e útil. E,afinal, o que seria da vida se fosse tudo um mar de rosas,não é?

Então,vamos. Começar com o pé direito agora. A partir daqui, sem cobranças. E como combinamos,lembra?Dá, por mim, dá.

Tempo ao tempo. Deixar fluir,sem enxames... que eu me assusto e tu não gosta.